17 outubro 2010

Eu tô tentando ser feliz.

Escutei essa música ontem no rádio. Ela reflete bem como estou nesse momento.

Hoje fez uma semana, mas ontem foi o pior dia. Faz tempo que eu não tenho um dia daqueles. Acabou. Ele foi embora mesmo.

Eu Tou Tentando

Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...

Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Prá driblar o fracasso
Eu tô brigando
Prá enfrentar o cagaço...

Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando
Saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...

Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(2x)

Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser boa amante...

Eu tô tentando criar meu filho
Eu tô tentando fazer meu filme
Eu tô chutando prá marcar um gol
Eu tô vivendo de Rock'n Roll...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(4x)

10 outubro 2010

Pós parto

Quem já passou sabe o quanto é difícil.

Muitas mulheres passam por uma gravidez tranquila, feliz, quando ambos do casal sonham em ter aquele e bebe. Em toda parte se vê uma campanha que prega que a gravidez é só alegria e felicidade.

Esquecem muitas vezes de contar o outro lado da moeda. Minha gravidez por exemplo foi cheia de angustias e tristezas. A começar pelo fato do meu parceiro não ter aceitado muito bem o fato de ser pai no inicio.

Eu fico pensando quantas mulheres não passam pelo mesmo stress que eu. Eu sei que são muitas. Algumas optam pelo aborto, outras, como no meu caso, decidem continuar com a gravidez, mesmo com a possibilidade de criar um filho sozinha.

Eu pensava que quando o meu bebê nascesse eu ficaria mais aliviada das angustias e das tristezas pois estaria focada nos cuidados que uma criança exige. Ledo engano. No primeiro dia da minha maternidade eu fiquei chateada por ter feito cesárea e não conseguir nem levantar da cama, querendo cuidar do meu bebe sozinha.

No segundo dia começou o baby blues. É, baby blues. Ninguém te fala a respeito disso né? Bateu uma melancolia de que o tempo estava passando rápido e que eu estava perdendo grande parte do desenvolvimento do meu filho, imaginem só que ele só tinha dois dias de nascido.

Depois eu briguei com o meu (ex) namorado. Foi a parte mais terrível, por que quando ele quer ser mal, ele sabe ser. Ficamos uns 20 dias morando sob o mesmo teto sem trocar duas palavras por dia. Me sentia sozinha e desamparada. Chorava toda vez que ele saia sem olhar na minha cara.

Dica: Você ai que vai ter um bebe, se possível arrume alguém, de preferencia uma mulher, pra te ajudar, faz muita diferença. Você precisa de alguém pra te dar seus remédios na hora certa, alguém que faça a sua comida e lave sua roupa, que provavelmente vai estar suja de sangue duas horas depois que vc vestiu ela.

Depois que nos acertamos bateu aquela coisa de querer ficar um tempo sozinha. Tomar um banho tranquilamente, ver TV, ir ao cinema, mas você não pode por causa do bebê. Imagine você se dedicando 24h a uma pessoa, sem tempo nem de ir ao banheiro sem escutar um chorinho. Pra variar o (ex) namorado aqui não sabe cuidar do bebe, não sabe por pra dormir e nem pode alimentar, as vezes não tem paciência de dar banho e não sabe acalmar. Então eu fiquei com toda a tarefa do bebe, sem folga, pra mim.

Toda pessoa precisa de um momento só seu. Com um bebê e sem ajuda isso se torna impossível.

As vezes eu tenho vontade de chorar ainda, por que eu quero dormir por exemplo, mas não posso. E invariavelmente você se culpa por querer dormir quando se tem um bebe. Mas é perfeitamente normal querer um tempo só pra você.

Não reclamo do fato de ser mãe, minha escolha. Mas reclamo do fato de não poder fazer nada. Não ter ajuda. Não ter apoio físico e emocional.

Depois que vc pari todo mundo só se preocupa com o bebê. A atenção toda é voltada pra ele.

Sem tirar as mulheres que não se apaixonam de imediato pelo bebe, não foi o meu caso, mas acontece.

Foi o que eu disse no inicio. Na gravidez a gente vê toda aquela campanha de mãe muito felizes com os seus bebes e acaba se sentindo culpada quando isso não acontece.

Ninguém te conta sobre o baby blues, que acomete cerca de 80% das mulheres, ninguém te conta que amamentar é um tormento as vezes, ninguém te conta que vc culpa até se seu bebe sorri diferente. E ninguém te fala onde enfiar essa tristeza toda, quando você deveria estar mais feliz que pinto no lixo.

Estou seriamente esperando essa fase passar. Espero postar um dia aqui no blog falando que eu e a maternidade estamos em lua de mel.

Voltando a ativa

Aos poucos tenho retornado a minha vida normal. Sei que tem coisas que irão demorar mais tempo pra voltar, mas paciência, é só uma fase.

Quem já teve filho, sabe do que estou falando. Essa coisa do pós-parto tem sido muito difícil pra mim, apesar de eu aparentar outra coisa. Primeiro veio o baby blues, agora eu acho que estou com um pouco de depressão mesmo.

Sempre fui uma pessoa mais depressiva. Já aconteceram tantas coisas em minha vida que justifiquem esse fato e nunca tive uma ajuda realmente efetiva, mas eu sempre procurei tentar me entender sozinha.

As vezes eu tenho vontade de sair correndo, pro nada, e esquecer tudo. Claro que exatamente nesse momento eu não posso nem pensar em fazer isso, pois tenho o meu bebezinho fofo.

Como eu tenho me sentido em relação a voltar a vida normal:
*É ótimo poder dirigir de novo. Eu adoro poder ir e vir a hora que quero, sem precisar depender da vontade de seu ninguém. Agora com o bebê, fica mais complicado, mas ao mesmo tempo tem sido tranquilo. Queria deixar registrado o pensamento que tem me ocorrido quando coloco o Oliver no bebê conforto no carro: será que minha mãe teve o mesmo cuidado comigo quando eu era pequena, será que ela tinha a mesma vontade de me amar como eu tenho do Oliver? As vezes eu acredito que não, as vezes eu acredito que sim...
*Sair sozinha é uma coisa que, por enquanto, não dá pra fazer. Tentei uma vez e o resultado foi frustrante. Não curti nada, não me distrai e continuei pensando nos problemas de sempre, mas como eu disse, é só uma fase mesmo, eu sei que mais pra frente eu consigo fazer isso sem traumas.
*Sair acompanhada é melhor, mas também me deixa um pouco chateada. Bate aquela nostalgia ruim, de quando eu era solteira e sem filhos, mas paciência, eu fiz uma escolha e tenho que aprender a lidar com ela. Esse sentimento é muito estranho na verdade, por que ultimamente eu tenho odiado ficar em casa, ai quando eu saio eu me sinto mal comigo.
*Trabalhar ainda é uma coisa meio distante, mas essa semana eu recebi a noticia que tenho um dinheiro pra receber. Me deixou tão feliz. Tirando o fato do salario maternidade que eu tenho direito e que segunda eu vou correr atrás. Já tenho planos pra esse dinheiro.
*Eu sempre gostei de sexo e agora posso retomar minha vida sexual. Apesar de ainda não está me sentindo muito bem com o meu corpo, eu adoro fazer, ainda mais quando eu sinto que eu sou desejada e que meu parceiro gosta.

Farei um post a respeito do pós parto especificamente.

Sozinha de novo

É, realmente não era pra ser.

Terminou mais um ciclo da minha vida que por mais que eu queira permanecer nele, não depende só da minha vontade.

O namorado terminou comigo de vez. Eu não consigo aceitar ainda, entender. Está sendo muito dificil pra mim.

As vezes quero pular do prédido e se não tivesse o Oliver já teria feito isso apesar de saber que não é a melhor escolha.

Eu me sinto tão sozinha e triste. Eu só queria receber o aconchego de alguém, sabe aquele abraço que te faz sentir confortada? Então, a unica pessoa que me fazia sentir assim era ele.

Como doi.