30 dezembro 2010

Dia 11 - Uma pessoa morta, com quem você gostaria de falar

Oi vô

Sei que falar com os mortos é totalmente possível e sempre busco você em minhas orações e pensamentos. Não sei se tem condições de receber meus pedidos, espero não estar importunando.

Gostaria muito que você tivesse ficado mais, para ter condições de te conhecer melhor. Meu pai sempre fala com muita alegria de como você era uma pessoa digna, honesta e que sempre se preocupou com o bem dos seus.

Você faz muita falta.Não sei explicar bem que falta é essa, mas faz. Acho que falta da vida que a gente não teve, por que você não estava aqui. Mas como sempre falo, a hora de Deus e diferente da nossa e ele sabe bem o faz. Na verdade, nós é que perdemos muito com a sua partida.

Sei que o lugar que você está é lindo e deve ter muitos espíritos ai pra você ajudar, mas nunca se esqueça da sua família terrena, que precisa tanto de você.

Queria que você conhecesse seu bisneto, acho que é o primeiro. Provavelmente você já conhece, Minha avó Lêda fala que ele parece muito com a sua família.

Enfim, queria você aqui, mas não posso.

Beijos eternos.

Dia 12 – A pessoa que você mais odeia / tenha lhe causado muita dor

E a vencedora dessa carta é:

Márcia,

De longe você é a pessoa que mais me causou dor, tristeza, raiva e todos os sentimentos ruins e nesse mundo você é a pessoa que menos tem direito de fazer isso, se é que alguém te direito de fazer outrem sofrer.

Eu não consgio entender como você vive a sua vida como se nós, sua família, os filhos que você escolheu ter, não existissemos.

Eu não consigo aceitar como você virou uma porra louca, usando drogas e fazendo o que você bem entende da sua vida.

Eu nunca vou esquecer de tudo que você me fez passar,  toda a falta de carinho, toda a falta de compreensão, a falta de amor.

Já disse isso diversas vezes e digo mais uma, você nunca foi e nem nunca será mãe. Defeitos todos nós temos, mas isso que você faz com a gente não é um defeito é falta de vergonha na cara mesmo. Falta de carater, falta de amor próprio quando você fica com aquele drogado só por que ele te dá uma migalha da atenção.

Aliás, você prefere ele a gente e ele prefere seu dinheiro a qualquer outra coisa.

Tenho raiva de você, muita, mas mesmo assim, toda vez que eu faço uma prece eu tento enviar energia positivas com a esperança que um dia você enxergue o quanto de mal você faz pra você e pra gente. Por que Deus fala que devemos perdoar quem nos magoa.

Sem mais.

29 dezembro 2010

Dia 6 - Um desconhecido

Oi

Não sei o que escrever pra um desconhecido a não ser que gostaria de te conhecer...

Tássia

25 dezembro 2010

Dia 5 - Meus Sonhos

Engraçado essa carta ter caido bem no natal.

Poderia ser bem genérica, falando que meus sonhos são ter minha casa e um bom eprego, poder viver confortavelmente, poder comprar o que eu quiser, nao depender de ninguém. Não quer dizer que eu não desejo essas coisas... Quem não sonha com isso?

Mas eu vou falar meus reais sonhos: pra começar, sonho com o dia que minha mae vai cair na real, reconhecer e reparar os erros dela para conosco.

Outra coisa que eu sonho muito é ver minha família unida, como uma real família. Minha família que cito aqui são meus irmãos, meu pai, eu e agora o Oliver. É ver a gente em primeiro plano na vida do meu pai.

É parar de ver as injustiças que ocorrem na minha família em geral. Ver todo mundo sendo tratado igual

Sonho também com o companherismo do meu filhote. Poder criá-lo bem, fazendo ele desenvolver perfeitamnete. Sonho em poder amá-lo e respeitá-lo como ser humano único. Sonho em poder dar todo amor de mãe que eu não tive.

Sonho em ter um corpo bonito novamente, em emagrecer e nunca mais engordar, em tirar todas essas estrias decorrentes de ganho de peso e gravidez..

Sonho em fazer outra faculdade....

Sonho tantas coisas e tenho algumas metas pra conseguir realizar uma parte desses sonhos.

24 dezembro 2010

Dia 4 - Meu Irmão

Como não consgio escolher para qual dos dois escrever, escreverei para os dois.

Oi Fá, Oi Dolpho

Não sei se você lembra, Rodolpho, quando eramos pequenos que setavamos juntos na TV para ver pica-pau, ou quando brigávamos pra jogar o joguinho do macaco, de atirar a banana no computador velho que meu pai tinha, ou daquela vez que a gente enfiou o disquete errado no PC e meu pai deu uma bronca na gente depois. Não sei se vc lembra daquela festa de aniversário, que o tema era espaço, que nossos pais fizeram pra gente.

E como a gente já brigou... Apanhei diversas vezez de você... Mas não é isso que ficou... Ficaram todos os momentos bons, todas as coisas de criança.

Eu te adoro, apesar de seu jeito sabe-tudo de ser, de seeeeeeeeeempre ter uma resposta pra tudo. Eu te admiro por você ser inteligente e eu te amo por ser meu irmão mais velho.

E você, Fabiane, lembro de você bebê, lembro que eu te achava minha mais nova bonequinha. Lembro de roubar sua chupetas e botar a culpa no cachorro, coitado, apanhou várias vezes. Achava que não te amava, tudo isso por um ciumes gigantesco que eu, quando criança, não entendia o que era. Depois que nossos pais se separaram eu tinha uma nova missão, te defender e como isso nos uniu, fortaleceu nossos laços. Você contava comigo e eu conto com você.

Até hoje é assim, quando quero conversar sei que com você sempre será legal, apesar de vc nunca sair de cima do muro. Apesar de nossos 4 anos de diferença vc é meu apoio em muitas situações. E como eu fico brava quando você não concorda comigo, como se isso fosse uma obrigação.

Te peço desculpa por todas as maldades que eu fiz com vc, sei que foram muitas, mas eu te amo do fuuuuundo do meu coração.

Aos dois, vocês tem que dar graças a Deus por eu existira na vida de você, por que se hoje a relação de vocês com o meu pai e tranquila, eu ajudei muuuito. hahahaha, sim, eu sou convencida!

Eu amo vocês mais que tudo e menos que o Oliver. Obrigada por vocês estarem me ajudando nessa fase.

Provavelmente a gente ainda vai brigar muito e se acertar outras vezes, mas sempre evoluiremos juntos.

Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos meus importantes.

23 dezembro 2010

Dia 3 - Meus pais

Essa carta será só para meu pai.

Oi pai,

Sabe, ultimamente não temos concordado tanto um com o outro com sempre aconteceu.Você quer uma coisa pra minha vida e eu quero a mesma coisa mas as maneiras são diferentes. E eu, de teimosia, quero quebrar a cara primeiro, pra depois admitir que vc tem razão. Burrice? talvez, mas tem coisas que só aprendemos na dor por mais que tenha alguém pra encurtar o caminho.

Eu te amo e te admiro. Sempre foi assim. Aprendi a gostar de computador e rock por sua culpa e você colou grau hoje de uma faculdade que eu te incentivei a fazer. Quando você se separou da Márcia fui a primeira dos seus três filhos a falar que moraria com você. E lembro quantas brigas não tive com a Marcia pra te defender. Ela morria de raiva.

Eu sou grata só por você ter passado na minha vida. Grata por seus conselhos, por sua paciência, pelas surras que você me deu, pelo dinheiro que você gastou comigo. Sempre agradecerei pelo avô babão que você é pelo Oliver.

Beijos.

22 dezembro 2010

Dia 2 - Minha Paixão

Oi, paixão

Poderia escrever milhões de coisas a seu respeito, milhões de fatos, detalhes. Aliás, eu sou apaixonada por detalhes (seus detalhes).

Mas resolvi escrever só um bilhete, pra dizer o quanto sou apaixonada pelo seu cheiro, sua voz, sua 'complexa simplicidade', o jeito como me beijou e me tocou.

É suficiente.

Tassia.

21 dezembro 2010

Dia 1 - Minha melhor Amiga



Oi Byula,

Lembra quanto tempo já passou? Lembra quando você entrou na escola, no 3o ano, naquela aula de ed. Física? No começo eu não gostei de você. Aquela era a minha turma, não queria uma intrusa pra roubar as pessoas de mim. Como se alguém me pertencesse ali.. haha.

Dai os dias foram passando, passando e você me conquistou com o seu jeitinho avoado e engraçado de ser. Agente gostava de sair depois da aula e fazer planos pro futro, gostava de passear no pátio*, principalmente na officina. Lembra aquele curso de fotografia que a gente fez no espaço Renato russo? Como a gente se divertia. Depois do curso sempre passavamos pelo mesmo caminho e iamos naquela padaria comprar um pedaço de pão pizza e uma coca. Hoje passo por la e lembro o quanto a gente foi feliz ali.

Detalhe que eu tinha que ler o letreiro do ônibus por que você além de avoada, era mais ceguinha que eu. Hahahaha.

Como o tempo passa. Você ficou grávida e eu fui a primeira pessoa a saber, vi até aquele feijaozinho que hoje se chama Matheus e tem dois aninhos.

Queria estar grudada com você agora, se possível morando na mesma casa, mas não temos essa possibilidade ainda. Quem sabe um dia, adoramos fazer planos mirabolantes para o futuro, lembra?

É engraçado como você me faz sentir como se eu fosse sua 'mestre' e na verdade é o contrário. Como você evoluiu desde que nos conhecemos. Cada dia que te vejo sempre penso a mesma coisa, sempre penso na mulher bonita em que se tornou. Hoje quase formando em direito e quase independente.

Obrigada por todos os momentos felizes que você estava junto, cada emoção, cada sonho, cada alegria.

Te amo muito e sei que sempre posso contar com você e voce comigo.

Tássia.

*Pátio é um shopping aqui de Brasília, e officina era uma das lojas que vendiam bijoux e acessórios.

“30 Days Letter Project”

O “30 Deays Letter Project” é um projeto que não se sabe ao certo por quem fo inventado, e consiste em você escrever uma carta por dia, durante 30 dias, para diferentes pessoas. As cartas tem que ser baseadas nos seguintes temas



Dia 1 – Seu Melhor Amigo


Dia 2 – Sua paixão


Dia 3 – Seus pais


Dia 4 – Seu irmão (ou parente mais próximo)


Dia 5 – Seus sonhos


Dia 6 – Um desconhecido


Dia 7 – Seu Ex-namorado/namorada/amor/paixão


Dia 8 – Seu amigo de Internet favorito

Dia 9 – Alguém que você gostaria de conheçer

Dia 10 – Alguém que você não fala tanto quanto você gostaria

Dia 11 – Uma pessoa morta, com quem você gostaria de falar

Dia 12 – A pessoa que você mais odeia / tenha lhe causado muita dor

Dia 13 – Alguém que você gostaria que pudesse te perdoar

Dia 14 – Alguém que você se afastou

Dia 15 – A pessoa que você sente mais falta

Dia 16 – Alguém que não está em seu estado / país

Dia 17 – Alguém da sua infância

Dia 18 – A pessoa que você gostaria de ser

Dia 19 – Alguém que importuna a mente (para o bem ou para o mal)

Dia 20 – A última pessoa que você fez uma promessa

Dia 21 – Alguém que você julgou por sua primeira impressão

Dia 22 – Alguém que você quer dar uma segunda chance

Dia 23 – A última pessoa que você beijou

Dia 24 – A pessoa que lhe deu a sua recordação favorita

Dia 25 – A pessoa que você conheçe que está passando pela pior fase da própria vida

Dia 26 – Alguém que te faz rir todo dia

Dia 27 – A pessoa mais simpática que você já conheceu por apenas um dia

Dia 28 – Alguém que mudou sua vida

Dia 29 – A pessoa que você quer dizer tudo, mas com muito medo Dia 30 – Seu reflexo no espelho

Vi no blog da Val e adorei a ideia.

Natal

Sempre adorei o natal. Podem falar o que quiserem, que essa época  as pessoas ficam hipocritas, sao falsas, mas mesmo assim eu adoro.

Gosto por ganhar os melhores presentes (meus pais tinham a tradição de dar o melhor presente no natal e um mais simples no aniversário), gosto por que todas as pessoas ficam mais amáveis, gosto de todas as luzes e arvores que enfeitam essa época.

Lembro até hoje como ficavamos euforicos quando iamos deitar com a promessa que meus pais montariam a árvore naquela noite. De tentar adivinhar o que tinha dentro dos embrulhos

Tradição que pretendo manter com a minha pequena grande família. Não comprei árvore esse ano, nem enfeites natalinos pela falta de grana, mas ano que vem montarei uma decoração natalina, ainda mais pq o Oliver irá  entender melhor o que significa.

Outro detalhe importante é que minha família comemora o natal no dia 23, que é o aniversário do meu avô e também pra não bater com o natal dos 'agregados' e suas famílias, então sempre farei uma ceia aqui em casa.

Fico lembrando das coisas igualmente ruins, como ficavam evidentes as diferenças de tratamento e injusticas, mas a parte boa sempre superou a parte ruim.

17 outubro 2010

Eu tô tentando ser feliz.

Escutei essa música ontem no rádio. Ela reflete bem como estou nesse momento.

Hoje fez uma semana, mas ontem foi o pior dia. Faz tempo que eu não tenho um dia daqueles. Acabou. Ele foi embora mesmo.

Eu Tou Tentando

Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...

Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Prá driblar o fracasso
Eu tô brigando
Prá enfrentar o cagaço...

Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando
Saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...

Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(2x)

Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser boa amante...

Eu tô tentando criar meu filho
Eu tô tentando fazer meu filme
Eu tô chutando prá marcar um gol
Eu tô vivendo de Rock'n Roll...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(4x)

10 outubro 2010

Pós parto

Quem já passou sabe o quanto é difícil.

Muitas mulheres passam por uma gravidez tranquila, feliz, quando ambos do casal sonham em ter aquele e bebe. Em toda parte se vê uma campanha que prega que a gravidez é só alegria e felicidade.

Esquecem muitas vezes de contar o outro lado da moeda. Minha gravidez por exemplo foi cheia de angustias e tristezas. A começar pelo fato do meu parceiro não ter aceitado muito bem o fato de ser pai no inicio.

Eu fico pensando quantas mulheres não passam pelo mesmo stress que eu. Eu sei que são muitas. Algumas optam pelo aborto, outras, como no meu caso, decidem continuar com a gravidez, mesmo com a possibilidade de criar um filho sozinha.

Eu pensava que quando o meu bebê nascesse eu ficaria mais aliviada das angustias e das tristezas pois estaria focada nos cuidados que uma criança exige. Ledo engano. No primeiro dia da minha maternidade eu fiquei chateada por ter feito cesárea e não conseguir nem levantar da cama, querendo cuidar do meu bebe sozinha.

No segundo dia começou o baby blues. É, baby blues. Ninguém te fala a respeito disso né? Bateu uma melancolia de que o tempo estava passando rápido e que eu estava perdendo grande parte do desenvolvimento do meu filho, imaginem só que ele só tinha dois dias de nascido.

Depois eu briguei com o meu (ex) namorado. Foi a parte mais terrível, por que quando ele quer ser mal, ele sabe ser. Ficamos uns 20 dias morando sob o mesmo teto sem trocar duas palavras por dia. Me sentia sozinha e desamparada. Chorava toda vez que ele saia sem olhar na minha cara.

Dica: Você ai que vai ter um bebe, se possível arrume alguém, de preferencia uma mulher, pra te ajudar, faz muita diferença. Você precisa de alguém pra te dar seus remédios na hora certa, alguém que faça a sua comida e lave sua roupa, que provavelmente vai estar suja de sangue duas horas depois que vc vestiu ela.

Depois que nos acertamos bateu aquela coisa de querer ficar um tempo sozinha. Tomar um banho tranquilamente, ver TV, ir ao cinema, mas você não pode por causa do bebê. Imagine você se dedicando 24h a uma pessoa, sem tempo nem de ir ao banheiro sem escutar um chorinho. Pra variar o (ex) namorado aqui não sabe cuidar do bebe, não sabe por pra dormir e nem pode alimentar, as vezes não tem paciência de dar banho e não sabe acalmar. Então eu fiquei com toda a tarefa do bebe, sem folga, pra mim.

Toda pessoa precisa de um momento só seu. Com um bebê e sem ajuda isso se torna impossível.

As vezes eu tenho vontade de chorar ainda, por que eu quero dormir por exemplo, mas não posso. E invariavelmente você se culpa por querer dormir quando se tem um bebe. Mas é perfeitamente normal querer um tempo só pra você.

Não reclamo do fato de ser mãe, minha escolha. Mas reclamo do fato de não poder fazer nada. Não ter ajuda. Não ter apoio físico e emocional.

Depois que vc pari todo mundo só se preocupa com o bebê. A atenção toda é voltada pra ele.

Sem tirar as mulheres que não se apaixonam de imediato pelo bebe, não foi o meu caso, mas acontece.

Foi o que eu disse no inicio. Na gravidez a gente vê toda aquela campanha de mãe muito felizes com os seus bebes e acaba se sentindo culpada quando isso não acontece.

Ninguém te conta sobre o baby blues, que acomete cerca de 80% das mulheres, ninguém te conta que amamentar é um tormento as vezes, ninguém te conta que vc culpa até se seu bebe sorri diferente. E ninguém te fala onde enfiar essa tristeza toda, quando você deveria estar mais feliz que pinto no lixo.

Estou seriamente esperando essa fase passar. Espero postar um dia aqui no blog falando que eu e a maternidade estamos em lua de mel.

Voltando a ativa

Aos poucos tenho retornado a minha vida normal. Sei que tem coisas que irão demorar mais tempo pra voltar, mas paciência, é só uma fase.

Quem já teve filho, sabe do que estou falando. Essa coisa do pós-parto tem sido muito difícil pra mim, apesar de eu aparentar outra coisa. Primeiro veio o baby blues, agora eu acho que estou com um pouco de depressão mesmo.

Sempre fui uma pessoa mais depressiva. Já aconteceram tantas coisas em minha vida que justifiquem esse fato e nunca tive uma ajuda realmente efetiva, mas eu sempre procurei tentar me entender sozinha.

As vezes eu tenho vontade de sair correndo, pro nada, e esquecer tudo. Claro que exatamente nesse momento eu não posso nem pensar em fazer isso, pois tenho o meu bebezinho fofo.

Como eu tenho me sentido em relação a voltar a vida normal:
*É ótimo poder dirigir de novo. Eu adoro poder ir e vir a hora que quero, sem precisar depender da vontade de seu ninguém. Agora com o bebê, fica mais complicado, mas ao mesmo tempo tem sido tranquilo. Queria deixar registrado o pensamento que tem me ocorrido quando coloco o Oliver no bebê conforto no carro: será que minha mãe teve o mesmo cuidado comigo quando eu era pequena, será que ela tinha a mesma vontade de me amar como eu tenho do Oliver? As vezes eu acredito que não, as vezes eu acredito que sim...
*Sair sozinha é uma coisa que, por enquanto, não dá pra fazer. Tentei uma vez e o resultado foi frustrante. Não curti nada, não me distrai e continuei pensando nos problemas de sempre, mas como eu disse, é só uma fase mesmo, eu sei que mais pra frente eu consigo fazer isso sem traumas.
*Sair acompanhada é melhor, mas também me deixa um pouco chateada. Bate aquela nostalgia ruim, de quando eu era solteira e sem filhos, mas paciência, eu fiz uma escolha e tenho que aprender a lidar com ela. Esse sentimento é muito estranho na verdade, por que ultimamente eu tenho odiado ficar em casa, ai quando eu saio eu me sinto mal comigo.
*Trabalhar ainda é uma coisa meio distante, mas essa semana eu recebi a noticia que tenho um dinheiro pra receber. Me deixou tão feliz. Tirando o fato do salario maternidade que eu tenho direito e que segunda eu vou correr atrás. Já tenho planos pra esse dinheiro.
*Eu sempre gostei de sexo e agora posso retomar minha vida sexual. Apesar de ainda não está me sentindo muito bem com o meu corpo, eu adoro fazer, ainda mais quando eu sinto que eu sou desejada e que meu parceiro gosta.

Farei um post a respeito do pós parto especificamente.

Sozinha de novo

É, realmente não era pra ser.

Terminou mais um ciclo da minha vida que por mais que eu queira permanecer nele, não depende só da minha vontade.

O namorado terminou comigo de vez. Eu não consigo aceitar ainda, entender. Está sendo muito dificil pra mim.

As vezes quero pular do prédido e se não tivesse o Oliver já teria feito isso apesar de saber que não é a melhor escolha.

Eu me sinto tão sozinha e triste. Eu só queria receber o aconchego de alguém, sabe aquele abraço que te faz sentir confortada? Então, a unica pessoa que me fazia sentir assim era ele.

Como doi.

20 setembro 2010

A dúvida

Descobri algo a respeito da minha personalidade: odeio a dúvida.

Sou uma pessoa que extintivamente já sai de casa com a rota a seguir planejada. Que faz mil planos mentalmente. Que sabe o que quer. Sabe o que precisar fazer.

Algumas coisas não acontecem do jeito que eu quero pelo simples fato de que sou também preguiçosa e desorganizada.

Mas a dúvida é algo que me incomoda muito. Pra mim as coisas devem estar previamente definidas, para que eu possa assimilar corretamente.

O concreto me atrai muito e o subjetivo me deixa muito apreensiva, angustiada.

O grande problema disso é que as pessoas não conseguem se definir. Nem eu mesma consigo.

Vivendo e aprendendo.

*textos produzidos em uma noite insone.

Djavan

Há três anos eu fiz um post falando a respeito do show do Djavan que eu iria. Estava muito feliz. São aquelas memórias que você nunca mais apaga da sua mente.

Era de dia quando passei de carro pela ponte do bragueto, estava indo a faculdade, e vi uma faixa bem simples que dizia "show do Djavan" e eu fiquei radiante de vontade de ir. Parte dessa vontade se dava ao fato de ter voltando, há poucos dias atrás, a falar com o João.

Depois de ter sofrido por um ano, engordado horrores e emagrecido com um único motivo, do fim do meu namoro. Esqueci todas as mágoas e tinha voltado a falar com o cara que eu amei mais que tudo nessa vida. E vi no show uma boa oportunidade de conseguir uma migalha de seu amor também, já que ele estava namorando na época.

Sabíamos no fundo que nos amávamos, sabíamos que aquele show era a oportunidade que faltava para admitir.

Na época estava trabalhando e meu salário não passava de R$ 400,00. O ingresso me custou algumas horas de hora extra. Mas foi um dos dinheiros mais bem gastos da minha vida. Comprei um lugar lá na frente, área vip. Até hoje me lembro o preço dessa extravagância: R$ 120,00. E o melhor disso tudo: era pra eu ficar perto do João, mas acabamos comprando o ingresso separados, por um série de motivos, e eu não fazia idéia da onde ele estava sentado.

E olha do que uma pessoa apaixonada é capaz de fazer: quando fui comprar o meu ingresso perguntei pra moça se ela se lembrava de um rapaz negro e magro que havia comprado o ingresso no dia anterior. Ela até tentou me ajudar, a gente tentou deduzir onde ele tinha sentando. Erramos feio...

No dia esperado era aniversário de um amigo e a comemoração era em um restaurante mexicano. Depois de muitos percalços, combinamos de ir juntos ao show e ponto de encontro era essa comemoração, pois esse amigo nos daria carona para o show. Hehe, não tínhamos carro e ninguém que nos emprestasse um e o local do show era um local ruim pra ir de ônibus. Cogitamos até a idéia de alugar um carro, mas não deu certo.

Chegamos ao show, entramos e procuramos por nossos lugares, um em uma ponta e o outro na outra ponta. E eu morrendo de vontade de curtir o show juntinho dele.

O show foi muito bom, mas foi melhor ainda quando o Djavan pediu que a platéia se levantasse para curtir o show lá de pertinho. Era minha chance de ficar perto dele. Até o procurei naquela multidão, mas foi ele quem me achou depois de momentos de angustia. O resto do show foi só alegria, a gente não ficou, mas me lembro de ficar muito feliz, ainda consigo sentir um pouco da ansiedade que senti no dia.

Ficamos esperando outro show do Djavan. E ele demorou três anos para acontecer. Esse ano ele lançou um novo cd, muito bom por sinal, e fará um show em Brasília mês que vem.

Muito provavelmente não irei a esse show. Meu grande motivo é meu pequeno, que mama no peito e não deixarei de fazer isso tão cedo. Além da falta de grana.

Talvez esse show aconteça no momento errado. Não era pra ser mesmo.

Como queria sentir aquela felicidade agora. Não que eu não esteja feliz. Meu filhote me trás a felicidade que eu preciso pra continuar. Queria é sentir aquela euforia, aquela coisa de ser amada.

Depois daquele dia as coisas só se degradaram. E não é que a tendência de tudo é só piorar? Alguém tem a receita de como tornar o amor, desejo aceso durante todo resto da vida? E o respeito? Qual o segredo de se conseguir fazer render?

29 agosto 2010

Nostalgia.

Não sabia o que postar primeiro mas acabei de descobri.

Mexendo nas postagens antigas li as coisas que eu escrevi há anos atrás e me deu um sentimento tão bom. Bateu aquela nostalgia e ao mesmo tempo eu me dei conta de como o tempo passou rápido. Naquela época eu só me preocupava em sair, beber, namorar. Em pensar que eu sou mãe agora. kkkk

É bom ter esse registro das coisas. 

Essa manhã eu li uma coisa que me desagradou um pouco a respeito do meu relacionamento, então eu fiquei pensado a sobre, tentando achar uma solução. 

Eu sei que na verdade eu não posso achar uma solução pra nós dois. Sem querer eu acabei relembrando a minha solução para o problema: Lembrar sempre o quão difícil foi reconquistá-lo, como eu me sentia quando estava separada dele. E pensando nisso, nessa época, faço voltar a mesma sensação que senti quando a gente voltou a namorar.

Ah, estou colocando as mensagens antigas em rascunho, por uma questão de segurança pública... hehe Quem leu, leu. Que não leu não lerá jamais!

Retomando o Blog.

Faz um tempão que tenho esse blog. Já falei várias coisas por aqui. Estou retomando as postagens por que no meu outro blog, que falo sobre minha gravidez, não há espaço para alguns assuntos.

:)